Retrata as classes média e baixa, algo muito incomum para época, onde os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre, contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvovesse a sua obra. O romance tem início no começo do século XIX. Em uma viagem de navio, Leonardo Pataca conhece Maria das Hortaliças. Em meio a "piscadelas" e "beliscões", os dois se apaixonam e, chegando no Brasil, se casam. Desse relacionamento nasce um filho: Leonardo. Porém, anos depois, Leonardo descobre que Maria o está traindo. Eles brigam e Maria foge de casa com o capitão de um navio. Com a separação, Leonardo sai de casa e leva seu filho para ser criado pelo padrinho. O padrinho de Leonardo era um barbeiro, que queria que Leonardo fosse padre, mas o menino não tinha a menor vocação, ao contrário, ele era muito travesso.O tempo se passa, e Leonardo se torna um típico malandro carioca: não possuía emprego, ficava vadiando. Porém, a sua vida muda quando conhece Luizinha, sobrinha de D. Maria, uma amiga do padrinho. Ele se apaixona por Luizinha, porém tem um rival, José Manuel, que está interessado na herança da moça. Com a ajuda de sua madrinha, uma parteira, eles afastam o José Manuel de Luizinha. Porém, o padrinho de Leonardo morre, e ele tem que voltar a viver com o pai. Acaba não se dando bem com sua nova madrasta e, após uma discussão, acaba fugindo de casa.Leonardo vai viver com um amigo, em uma casa bastante agitada e com muita gente.
O Diretor manteve o romance alegre, e suas tendências, tanto irônica, quanto moralista e aventureira. A montagem dá ao espectador uma visão geral, fazendo uma seqüência lógica desde o nascimento de Leonardo, passando por suas peripécias, infantis, juvenis e adolescentes até o final feliz como Sargento de Milícias, dando a idéia do que deveria ser a periferia do Rio de Janeiro com a chegada dos imigrantes e seus tipos engraçados.